De acordo com a definição do Orton Dyslexia Society Research Comittee (Lyon, 1995), Dislexia é um distúrbio específico de linguagem de origem constitucional, caracterizada por dificuldades na decodificação de palavras isoladas, causada por uma ineficiência no processamento da informação fonológica.
Segundo Santos et al. (2002), “a dislexia se manifesta em graus de dificuldades variáveis em relação a diferentes formas de linguagem, geralmente incluindo, além da dificuldade para aprender a ler, um notável problema para adquirir proficiência em escrita e ortografia. As pessoas disléxicas podem ter dificuldades de leitura, escrita, compreensão da linguagem que ouvem ou de se expressar pela fala ou escrita.
Muitas crianças com diagnóstico de desordem de processamento auditivo apresentam problemas de linguagem, fala e de aprendizagem que podem ocorrer concomitantemente a uma desordem do processamento auditivo, já que há uma interação com os processos de aprendizagem e comunicação, o que poderia esclarecer uma associação entre a percepção auditiva e a produção da fala. A hipótese de mecanismos semelhantes para ambos os processos é antiga, entretanto sem provas evidentes.
Citando o caso de H.F.L.S., 11 anos de idade, que chegou ao atendimento encaminhado pela escola, com queixas de dificuldade de aprendizagem, verificou-se que avaliações auditivas demonstraram limiares dentro dos padrões de normalidade em ambas orelhas. Porém, nas avalições do processamento auditivo, o paciente obteve resultados rebaixados bilateralmente em escuta com estímulo em ambas as orelhas ao mesmo tempo, corroborando com achados de comprometimento da função auditiva central.
Sabe-se que é incontestável que exista a relação entre os transtornos de aprendizagem e o distúrbio do processamento auditivo, necessitando assim uma reabilitação em que se incluam estratégias relacionadas a ajustes do processo educacional, tarefas de reabilitação da função auditiva e atividades envolvendo a colaboração familiar
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